quinta-feira, 3 de março de 2011

Sombras em nós.

Esse senhor aí ao lado, chamava-se Wilhelm Röntgen. Era um físico alemão e em 8 de Novembro de 1895, descobriu  mais do que queria. Ele investigava as propriedades da eletricidade. Em um tubo de vácuo dentro de uma caixa preta, com um fio preso em ambas extremidades, apagou as luzes do laboratório e ligou a corrente. Uma fluorescência misteriosa surgiu-não do tubo na caixa, mas de uma folha de papelão tratada com bário que estava ali perto. Ele notou que o papelão brilhava em reação a alguma coisa que emanava do tubo. Não se tratava de raios catódicos ou de outra emissão que conhecesse. Com mais experiências, descobriu que aqueles raios desconhecidos-"raios X"-penetravam em livros grossos e blocos de madeira. Pondo a mão diante de uma tela, foi a primeira pessoa a ver a sombra dos ossos.
A divulgação de sua descoberta, dois meses depois, causou sensação. Saíam poemas sobre o raio X nas revistas. Lojas da Londres vitoriana anunciavam roupas à prova de raio X. Em poucos meses, os médicos empregavam a nova tecnologia para enxergar ossos quebrados e balas em soldados feridos. Com o tempo,melhorias técnicas diminuíram os efeitos colaterais-quimaduras na pele e perda de cabelos. Na década de 1970, a xerorradiografia reduziu o tempo de exposição e o risco de câncer. Tecnologias correlatas, como a tomografia computadorizada e ressonância magnética, abriram um visor para a estrutura da matéria e o funcionamento do corpo humano.

Fonte: Revista Veja ano 31 número 51.

OBS: o que mais me impressiona nas descobertas é o pesquisador ser curioso, observador e ir além nas coisas que procura. Durante a semana, vou garimpar mais algumas descobertas.

Abs.

Nenhum comentário:

Postar um comentário