quinta-feira, 29 de abril de 2010

Polícia confirma sexta vítima de estuprador de dentistas em BH.

Utilidade Pública:



A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher confirmou na quarta-feira que investiga outro caso de ataque do maníaco estuprador a mais uma dentista em Belo Horizonte. Dessa vez, a vítima foi rendida em uma clínica odontológica no Bairro Barro Preto, na Região Centro-Sul, na semana passada. A mulher, que não teve o nome e nem a idade revelada, teria sido abordada na sexta-feira. Depois de rendê-la, o maníaco teria tentado estuprá-la, mas não conseguiu, porque a dentista reagiu às agressões. Assustado, o criminoso fugiu.

De acordo com a delegada Claudia Maria Sadi Coury, as características do agressor sugerem que a mulher tenha sido a sexta vítima de Arquimedes de Abreu Filho, de 50 anos, que já teve o pedido de prisão preventiva solicitado à Justiça. Ele é o principal suspeito de atacar cinco mulheres na Região Oeste da capital.
"A vítima disse que o agressor marcou uma consulta para o último horário. Ela também confirmou que o homem não tinha os dois dentes na lateral da boca. A informação é idêntica à repassada à polícia por outras mulheres, que reconheceram Arquimedes como o agressor. Vamos ouvir formalmente essa sexta vítima na delegacia, para definirmos a autoria desse ataque", explicou Cláudia Maria Sadi. Até agora, três dentistas, uma terapeuta e uma secretária reconheceram Arquimedes em foto divulgada terça-feira pela Polícia Civil.

Dono de uma extensa ficha policial, o maníaco também é caçado pela polícia em Lavras, no Sul de Minas, onde teria tentado estuprar uma dentista. Arquimedes tem passagem pela polícia no Espírito Santo, São Paulo e nas cidades mineiras de Alfenas, Machado (Sul de Minas), Barbacena, São João Del-Rei (Campos das Vertentes), Unaí (Noroeste) e Ribeirão das Neves, na região metropolitana da capital, onde já tem condenação por estelionato. "Montamos uma operação para prendê-lo. Mapeamos hotéis e pensões e deixamos a foto dele com a Polícia Militar e Guarda Municipal", disse a delegada.

Horror

Os ataques começaram em 30 de março, no Bairro Barroca, na Região Oeste de BH. Arquimedes marcou uma consulta às 17h e, ao entrar na clínica, rendeu duas dentistas e as amarrou. Ele obrigou as duas a praticarem atos libidinosos. Cinco dias depois, o criminoso teria agido da mesma forma em outra clínica odontológica no Bairro Nova Suíça. Uma dentista e uma secretária foram amarradas. Delas foram roubados aparelhos celulares. O terceiro registro do maníaco foi no Bairro Gutierrez, no dia 9. Uma terapeuta foi estuprada depois de ser rendida com uma gravata. Dela foi roubado um celular e um aparelho MP3.

A polícia tem imagens do maníaco entrando numa clínica no Bairro Gutierrez, no dia 15, quando teria uma consulta, mas ele não voltou na data marcada. Nesse consultório, o criminoso deixou na recepção uma carteira de identidade roubada. "Ele teve o cuidado de trocar a foto do documento, que havia furtado em fevereiro deste ano em Lavras, e manteve os dados da vítima", declarou a delegada. De acordo com ela, com a apreensão da identidade, foi possível identificar Arquimedes como o suspeito.
 
Fonte: Portal Uai.  ( http://www.uai.com.br/).

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Dentistas também atuarão nas UTIs.

Matéria publicada no Jornal "Hoje em Dia" edição 7.824, do dia 26/04/10 na coluna Márcio Fagundes:


Enfim, a Odontologia recebeu o devido reconhecimento como atividade imprescindível no atendimento a pacientes em UTIs. A decisão consta da Resolução n 7, da Anvisa, que dita as novas normas para o funcionamento das Unidades de Tratamento Intensivo no país. O órgão federal incluiu os dentistas na equipe multiprofissional de atendimento nas UTI's. Essa é uma antiga reinvidicação da categoria. A Associação de Medicina Intensiva Brasileira, por exemplo, criou seu prórprio Departamento de Odontologia para que, juntos, médico e cirurgião-dentista, aprofundassem os estudos e pesquisas voltados para a saúde oral do paciente crítico. Segundo o Conselho Regional de Odontologia, existem 28.009 dentistas ativos em MG, segundo Estado em número de profissionais no ranking nacional, depois de SP.

Vigilância

" Atuamos promovendo vigilância em saúde bucal, removendo o biofilme rico em micro-organismos que podem até mesmo causar infecção respiratória , uma das infecções mais comuns de se contrair e das mais difíceis de tratar", explicou Maria Thereza Fonseca Martins, coordenadora do Departamento de Odontologia da Sociedade Mineira de Terapia Intensiva. Na sua avaliação, a negligência com a condição oral do paciente hospitalizado pode contribuir para a dificultar a melhoria do seu quadro clínico, prolongando sua estada no hospital, o que piora o prognóstico e colabora para o aparecimento de infecções. Devido a essa correlação direta é que a Odontologia entra definitivamente para ocupar seu lugar nas equipes de UTIs. A SOMITI também também passou a discutir a urgente necessidade da inclusão do cirurgião-dentista nas equipes interdisciplinares das UTIs. Para Maria Thereza, especialista em Odontopediatria e Prevenção Oral, o modelo de promoção de saúde almejado pelos profissionais da área busca soluções práticas e acessíveis a todos que se encontrem internados em UTIs.

Lei Mineira

A segunda fase desse esforço fica por conta das instituições hospitalares. Elas têm prazo de 180 dias para se adequarem às normas. Caso contrário, ficam sujeitas a multa e infração sanitária. Na Câmara Federal tramita o projeto de lei 2.776/08, do deputado Neílton Mulim, com reinvidicação similar. Contudo, é grande o lobby da indústria farmacêutica para sua desaprovação ou engavetamento. Afinal, infecções pedem remédios muitos e caros. Maria Thereza vai procurar os deputados mineiros. Ela quer que o Estado, por meio de legislação específica, assuma a sua parte na qualidade do serviço oferecido aos pacientes de risco com a inclusão dos dentistas nas UTIs.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Crise de falta de ética.

Na semana passada entrou em vigor o novo código de condutas médicas aprovado pelo CRM. Agora, entre outras obrigações, o médico deve receitar com letra legível. Isso é ótimo, pois,decifrar “garranchos” é muito complicado, ainda mais quando se trata de medicamentos. Há o risco de interpretação errada do balconista da farmácia e vender remédio trocado.

Mas o que me impressionou foi uma reportagem divulgada agora a pouco no Fantástico, mostrando um esquema de farmácias de manipulação que pagam comissões em cima de prescrições médicas, ou seja, é combinada uma taxa, algo em torno de 25 a 30% do valor da medicação manipulada, que é repassada para o médico que indica a farmácia. Nas entrevistas com a câmera escondida, representantes, donos e farmacêuticos afirmam que o esquema existe e há médicos que ganham de 20 a 90 mil reais de comissão. Há outros que já contam com as comissões mensais como parte do salário e sem elas, eles não conseguem pagar suas contas!

Meu Deus, quantas receitas são emitidas e quanta medicação deve ser prescrita sem a devida necessidade?

Onde foi parar e ética, o respeito ao paciente e o bom senso dos profissionais de saúde, neste caso, os médicos e farmacêuticos?

Ouvi dizer num programa jornalístico de rádio que quando o balconista da farmácia pega a nossa receita no balcão e vai trás da prateleira com ela para “ver se tem o remédio”, ele na verdade vai tirar uma cópia da receita para o laboratório saber quem está receitando seus medicamentos e premiar com brindes que chegam até a viagens aéreas por aí com direito a hospedagem.

Diante destas coisas, começo a acreditar que não descobrem a cura de determinadas doenças por pura conveniência, ou seja, a indústria farmacêutica ganha uma fortuna vendendo seus remédios paliativos e a quebra desta dependência, ou seja, a cura do paciente, vai-se o faturamento pelo ralo.

Termino repetindo o trecho da fala de um médico que não faz estas parcerias que foi entrevistado na reportagem:

“ – isso é caso de polícia. Isso é a prostituição da medicina.”



Abs.

sábado, 17 de abril de 2010

Mas isso não é dente de ouro não ?!

Quinta-feira feira passada, o marido de uma paciente minha que a acompanhava estava com dor de dente, e pediu que eu o examinasse. Avaliei a condição do dente, um molar e a radiografia que ele trouxe. Não dava mais para manter o dente e o indicado era a extração. Expliquei os motivos pelos quais optei por tirar o dente e ele concordou.

O procedimento foi rápido, já que o dente tinha mobilidade (estava bambo). Após as recomendações pós operatórias ele me perguntou quanto era o serviço:

-“ Doutor, quanto é?”

- x reais. Respondi (não vou informar o valor aqui por questões de ética, mas asseguro que foi relativamente barato).

-“nossa, mas isso não é dente de ouro não?!”

Pela cara que fiz e risadinha que dei, ele deve ter entendido o meu descontentamento com o seu comentário. Às vezes a minha educação e tato para falar com os pacientes é tanta que engulo em seco algumas respostas que deveriam ser dadas de “bate pronto”. Vou justificar o porque que não achei graça no comentário do sujeito:

O que compõe o valor de um honorário não é somente “arrancar o dente” e jogar no lixo. Em primeiro lugar, uso luvas descartáveis, agulha descartável, meu instrumental é esterilizado, faço uma boa anestesia para o paciente não sentir nada de dor. Uso um fio de sutura esterilizado e o paciente já sai medicado do consultório pois, tenho analgésicos disponíveis para pacientes de cirurgias. O paciente tem o retorno para remoção de sutura e estou à disposição para eventuais problemas posteriores ao procedimento. Isso tudo agrega valor, sem contar que o camarada foi atendido de pronto e no “arzinho condicionado e musiquinha ambiente”.

Peraí meu!

Isso tudo não tem valor?

Com todo respeito às outras profissões e estabelecimentos, não podemos colocar na mesma balança os gastos com nossa saúde e despesas com oficina mecânica, borracharia e salão de beleza. São procedimentos distintos. Por que alguns pagam “trezentos paus” ou mais para colocar um aparelho de cd no carrão, 160 reais por uma escova progressiva, 70 num perfume da Natura e não podem pagar um pouquinho menos por uma extração dentária que é mais importante do que os itens citados, pois uma dor de dente bem doída deixa qualquer um maluco ?
Se você que me lê neste momento, quando receber um orçamento de prestação de serviço, seja odontológico, médico,etc, pense no tempo gasto na formação do profissional, estrutura do seu estabelecimento, tipo e qualidade do material, atenção da sua equipe e qualidade do atendimento recebido. Se você quer pechinchar e comparar preços como numa feira livre, por favor, vá em outro dentista direto e nem passe por aqui.



Abs.
PS: vou parando por aqui, pois vou alí trocar o óleo do carro, mas vou avisar ao mecânico que é para maneirar no preço, pois o motor não é de BMW, mas de carro popular.

:-)

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Fobia Odontológica.

É muito comum eu receber em meu consultório pacientes que tem fobia odontológica. Eles se caracterizam por terem pânico do “motorzinho” e de agulha. Alguns ao se acomodarem na cadeira sentem taquicardia, suor frio, palidez, mãos trêmulas e são extremamente difíceis de serem tratados, pois interrompem o profissional a todo momento, impedindo o bom andamento da consulta.

Muitos desistem do tratamento, outros adiam, sempre desmarcando as consultas. Tive uma paciente tão fóbica, que em quase 9 anos de tratamento não conseguimos terminar o planejamento, pois, ela só aparecia quando a coisa piorava e depois sumia, pois tinha pavor de tratamento odontológico. Ela começava bem, vindo com freqüência, depois começava a desmarcar e por fim desaparecia por completo.

De onde vem isso?

Acredito que a fobia odontológica vem primeiro por traumas que um adulto passou em tratamentos anteriores e segundo, por um comportamento que alguns pais que querem fazer medo nos filhos para impor sua autoridade, soltam as seguintes frases:

“-se você não fizer isso direito (ou não obedecer,etc), vou te levar no dentista para ela te dar uma injeção”.

“-vamos te levar para arrancar todos os dentes e colocar dentadura”.

“-ele(o dentista), vai usar uma broca desse tamanho para tirar o bicho do seu dente”.

“-tratar canal dóooooi demaaaaaaaais!”

E por aí vai...

Frases desse tipo, acabam associando na cabeça da criança, o dentista com algo ruim. Isso vai gerar adultos fóbicos e na maioria das vezes com sérios problemas bucais, pois nunca foram a uma consulta odontológica. E quando não há mais jeito de protelarem, o atendimento é prejudicado pelas interrupções e faltas desses pacientes.

O que fazer?

Perder a vergonha e “abrir o jogo” com seu dentista sobre os medos e fobias que o tratamento produz. Havendo este diálogo o profissional pode programar uma seqüência de atendimento adequada a cada caso de forma a amenizar o estresse do paciente.

Uma outra opção seria o acompanhamento de um psicólogo que ajudará o paciente a lidar com seus medos e fobias através de sessões de terapia e assim superar o problema.



Pense no assunto e ótimo feriado,

Abs.