terça-feira, 18 de outubro de 2011

Uso de Ozônio na Odontologia.

Para quem não sabe, o ozônio já tem uso medicinal há alguns anos e na Espanha, a ozonioterapia já é reconhecida e foi liberada em todo o território para tratar várias doenças. Em Cuba, 39 hospitais incluem o gás em seus procedimentos de rotina com bons resultados. Rússia, Egito e Alemanha, também aderiram ao uso do gás, sendo este último país o berço da técnica.
No Brasil, os níveis de resistência ainda são bastante visíveis.
O ozônio medicinal conta de 95% de oxigênio, contra 5% de ozônio, nesta concentração ele é um potente bactericida e cicatrizante natural.
Leia o resumo da técnica:

1- um gerador adequado recebe o oxigênio e libera o gás ozônio para o êmbolo de uma seringa acoplada a uma mangueira. Com a seringa processa-se a lavagem da região afetada por lesões.O gás é veiculado por meio de água, e em altas concentrações. Essas aplicações podem durar dias, semanas ou meses.
2-Depois da ação bactericida do ozônio na boca do paciente, por meio de água, vem a segunda etapa do tratamento.
3-A nova fase se caracteriza pela aplicação do ozônio na cavidade bucal por meio de um óleo ( azeite de oliva). Essa operação se dá de maneira mais lenta e em baixa concentração.
4-O óleo como é mais viscoso que a água, segura o efeito bactericida e cicatrizante do gás por um período maior de tempo.
5- Nessa fase, com o ozônio no óleo e em baixa concentração, que se inicia o processo de cicatrização da parte necrosada da boca ou de uma simples ferida ocasionada por extrações dentárias ou radioterapias, por exemplo.

No Hospital Universitário de Brasília ( HUB), o professor de anestesia e cirurgia odontológica Sérgio Bruzadelli, se dedica a tratar pacientes enviados ao setor por hospitais da rede pública, todos, com boa resposta ao tratamento.

Fonte: Jornal Estado de Minas.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Terceira dentição a caminho

Pesquisadores da Unifesp desenvolveram dentes a partir de moldes biodegradáveis e células  tronco adultas. Os primeiros experimentos feitos em ratos, já mostraram resultados positivos e os cientistas conseguiram criar dentes nos animais, abrindo caminho para a terceira dentição em humanos.
veja como é o processo:

1- As imagens de uma tomografia e de uma ressonância magnética do dente desejado são passadas para um computador.
2-O programa delimita as dimensões e a forma do dente e passa as informações para o aparelho de prototipagem rápida.
3-Como se fosse uma impressora, o aparelho constrói, camada por camada, molde em três dimensões.
4-O arcabouço é implantado na mandíbula do rato.
5- As células tronco humanas são retiradas do dente siso de um doador.
6- No laboratório, é analisado se as células têm alguma mutação ou alteração cromossômica que possam causar um tumor.
7- Os cientistas aumentam o número de células de acordo com o tipo de dente. Se for uma molar, necessita de mais células, se for canino, de menos.
8- As células tronco humanas são implantadas no molde.
9-Os fatores de crescimento das células estimulam a criação de um leito de vasos sangüíneos, nas quais as células tronco começam a se transformar, a partir de um processo denominado diferenciação celular.
10-À medida em que o dente é formado, o arcabouço é absorvido pelo organismo, ficando apenas o dente feito.

Vantagens do procedimento:

  • Não há rejeição, já que as células tronco são do próprio paciente.
  • Com essa estratégia é possível criar cartilagens, ossos e gengiva.
  • No futuro, haverá a possibilidade de produzir órgãos mais complexos, como rins e fígado.

Eu não poderia terminar este post sem citar o nome dos pesquisadores que estão à frente deste trabalho, o casal Silvio e Mônica Duailibi, coordenadores do Laboratório de Engenharia e Biofabricação da Unifesp.