terça-feira, 27 de julho de 2010

Mistura acelera Recuperação óssea.

COMPOSTO DE NANOTUBOS DE CARBONO E ÁCIDO HIALURÔNICO, DESENVOLVIDO POR PESQUISADORES DA UFMG, REDUZ PELA METADE O TEMPO DA REGENERAÇÃO.




Em uma reportagem publicada ontem no Jornal Estado de Minas, no caderno Ciência, assinada pela jornalista Flávia Ayer, li sobre um estudo em andamento na UFMG que emprega o uso de nanotubos de carbono, estrutura cilíndrica formada por átomos de carbono cujo tamanho equivale a um bilionésimo do metro e ácido hialurônico, muito usado em tratamentos estéticos, que reduziu pela metade o tempo de recuperação óssea dos tecidos. o estudo se concentrou no campo da odontologia, mas deve ser usado em ortopedia e no tratamento de diábéticos, que tem maior dificuldade de cicatrização de feridas.
Leia um trecho da reportagem:
" o trabalho começou em 2004, a partir da pesquisa do ácido hialurônico na cicatrização em extrações dentárias. Apesar de eficiente, o HY, por ser um gel, mostrou-se de difícil aplicação em certos tipos de lesões. Diante disso, o desafio seguinte foi tentar dar outra forma à substância, mantendo seu efeito cicatrizante. O grande aliado nessa empreitada foram os nanotubos de carbono.O nanotubo é um material inerte, que não causa reação no organismo. Já existem trabalhos que mostram que ele pode ser um carregador de moléculas, explica o professor Anderson José Ferreira, do Departamento de Morfologia do Instituto de Ciências Biológica ( ICB).
A União entre ácido hialurônico e o nanotubo de carbono, produzida em parceria com professores do Departamento de Física do Instituto de Ciências Exatas (Icex), resultou em um pó seco e rígido. Testes em ratos de laboratório mostraram que, assim como ácido isoladamente, o composto acelera duas vezes o tempo de regeneração do tecido ósseo. Uma pessoa que teria que ficar três meses com o braço engessado, com o NTC-HY, vai ficar apenas 1 mês e meio. Isso traz até um impacto econômico. Ressalta o coordenador.
O próximo passo é observar a eficiência em humanos, testando a substância em pessoas que terão dentes extraídos. O pedido está sob avaliação da Comissão de Ética em pesquisa Envolvendo seres Humanos da UFMG.
Ainda no campo da Odontologia, a intenção é acelerar a cicatrização em implantes dentários. Ferreira explica que pacientes que colocam próteses sofrem duas vezes mais lesões no osso da mandíbula. Estamos testando colocar no pino de titânio uma solução do nanotubo de carbono funcionalizado com o ácido hialurônico, esclarece.
Outra vertente do estudo é o desenvolvimento de membranas feitas de NTC-HY que podem ser absorvidas pelo organismo e estimulam a recuperação óssea da mandíbula, em caso de perda óssea. A terceira vertente de pesquisa tem como  foco pacientes diabéticos, um público mais especial quando o assunto é cicatrização. Por causa alta concentração de glicose no sangue, eles têm dificuldade de regenerar tecidos lesionados e maior propensão às infecções.
O grupo de pesquisadores está em busca de empresas interessadas em desenvolver o produto em escala industrial.


Muito interessante a matéria e fico cada vez mais impressionado com a evolução das técnicas e materiais, principalmente na área da saúde. Muito bacana saber que na nossa terrinha, tem muito pesquisador bom de serviço!

Abs.

Nenhum comentário:

Postar um comentário