domingo, 29 de agosto de 2010

Vai aí um chazinho ou um comprimido?


Estava procurando algum programa que prestasse agora à noite na TV e parei no Fantástico, onde passava um quadro com o Dr. Dráuzio Varela (o consultor de saúde da emissora, só pode, pois ele não sai de lá). O nome do quadro não consegui ver, mas falava sobre a Fitoterapia e ao meu entendimento, condenando a prática, por não ser bem estudada e amparada cientificamente. No final das contas, mostrava que um tratamento com medicamentos alopáticos não deve ser substituído por chás e plantas. A reportagem mostrou uma médica que atua na fitoterapia atendendo, filmou sua consulta, sua receita e a paciente que ela trata, mas, não lhe deu chances de explicar o por que atua nesta área, mas ouviu o presidente do conselho federal de medicina e um consultor na organização mundial de saúde que condenam a prática. Por isso, achei a reportagem tendenciosa.


Outro fato que chamou a atenção, foi uma repórter da equipe com um diagnóstico de cisto sinovial na articulação do punho, ter passado por vários médicos no SUS  e onde ela encontrou ortopedista, pois em alguns lugares não havia este especialista, a consulta durou uma média de 2 , isso mesmo, 2 minutos, onde a repórter nem se assentou e o pior, somente um acertou o diagnóstico.Outro detalhe: em alguns postos de atendimento houve um média de espera de 5 horas. A pressão para atender a demanda, impede uma consulta bem feita, uma conversa precisa com paciente e com isso, erros grotescos de diagnóstico. Esse problema não foi visto no hospital que emprega medicina alternativa, onde as consultas demoram cerca de 40 minutos, o paciente é ouvido e sai com a receita na mão. O fato de ser bem tratado e sem o estresse da rede de atendimento convencional, foi denominado efeito placebo, pela equipe do programa, pois, os pacientes apresentam uma melhora no seu quadro de saúde somente pelo lado emcional.

O que entendo disso tudo é que há um problema que nunca é sanado em nosso país. Não há profissionais preparados, faltam medicamentos e médicos. Nas regiões mais remotas, os médicos não querem atuar, o que leva a população apelar para as plantas.Tive experiências atendendo no Norte do país e vi como moradores daquele lugar não têm nada para tomar em caso de doenças. Apelam então para as plantas e algumas, com certeza curam!

Tenho colegas que já usam a fitoterapia em odontologia e tiveram ótimos resultados tratando várias doenças na boca de seus pacientes. Eu mesmo já indiquei a tanchagem, ou trançagem para uso pós cirurgia gengival e consegui uma melhora na cicatrização.

Todos os medicamentos alopáticos têm seu valor, mas não devemos desprezar as plantas de nossa horta, pois, até mesmo muitos medicamentos derivam delas. Há remédios de farmácia que costumam ter mais efeitos colaterais do que indicações, bem como muitos chás, portanto, concordando com a matéria da TV, devemos ter o bom senso na hora de escolher e nunca radicalizar.

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