quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Quem se ama, se cuida.

Uma paciente trouxe uma radiografia panorâmica de seu marido para eu poder avaliar o seu caso. Ele queria um parecer sobre a indicação de implantes. Detectei algumas perdas ósseas severas, raízes fraturadas e lesões em alguns dentes. Falei com ela que o ideal era ter vindo à consulta para exame clínico, pois aí me ajudaria, pois examinaria a boca do paciente e teria a radiografia como um complemento. Até aí tudo bem.
Ela me relatou que o marido é extremamente estressado, sem paciência, está com problemas de hipertensão arterial e arritmia cardíaca e segundo o cardiologista que o acompanha, há a necessidade de fazer vários exames, tudo isso além dos vários medicamentos que ingere diariamente. Ele não está cuidando da parte cardiológica, está obeso e não fez os exames, mas está triste porque está com vários problemas nos dentes, eles estão “indo embora” segundo a sua esposa me disse. Ele foi em vários dentistas, que indicaram que cuidasse desta área primeiro antes de iniciar o tratamento odontológico, mas como ele não gosta de médico, fica “pulando de galho em galho” até encontrar um que faça o que precisa sem o acompanhamento ou a liberação de um médico.
Aqui vale um aviso:
Muitos se esquecem que a boca faz parte do corpo. Tudo o que ingerimos para a nossa nutrição passa por ela, a digestão se inicia nela. Se os dentes não estão em boa situação, há a dificuldade na mastigação e com isso, ocorre a má digestão, que pode levar a vários problemas gástricos, intestinais e outros mais.Bactérias que estão na doença periodontal, podem ir para o miocárdio ( músculo cardíaco) e provocar uma infecção séria no coração. Se o paciente já tem alteração cardíaca então, o risco é maior.
Diante de todas estas situações que resumi para escrever, pois se “destrinchasse” o tema iria ser enorme, afirmo que não é possível fazer o tratamento odontológico de uma pessoa deste perfil sem o acompanhamento e tratamento médico prévio. SE O INDIVÍDUO SE AMA, VAI BUSCAR O DE MELHOR PARA SI, MESMO QUE SEJA UM DENTISTA E UM MÉDICO, PROFISSIONAIS QUE, INFELIZMENTE ALGUNS PREFEREM DISTÂNCIA.

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