quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sabedoria das Abelhas.

Em reportagem publicada hoje no ESTADO DE MINAS, assinada pela jornalista Nayara Menezes, o própolis, eficiente antibiótico natural produzido pelas abelhas, se mostra cada vez mais um parceiro no tratamento de infecções. Desta vez uma pesquisa feita pela Fundação Ezequiel Dias ( FUNED), em Belo Horizonte,descobriu outra aplicação para a substância: a prevenção e tratamento de doenças inflamatórias da boca, como gengivite, mucosite e candidíase. O grupo coordenado pela bióloga Esther Margarida Bastos, desenvolveu um gel bucal e um enxaguatório antisséptico à base de própolis verde, um dos 13 tipos existentes no Brasil, que poderão ser disponibilizados em breve no Sistema Único de Saúde (SUS). Outra novidade é que este será o primeiro enxaguatório antisséptico produzido no Brasil, já que todos existentes hoje no mercado são fabricados por empresas multinacionais.


Outra pesquisa feita pela FUNED é o uso do própolis no tratamento de candidíase atrófica crônica, doença comum em pessoas que usam dentaduras. “ A maiorias dos pacientes tem dificuldades em higienizar as dentaduras e muitos dormem com ela, o que provoca a proliferação dos micro-organismos e causa a enfermidade”, explica Esther Bastos. O tratamento convencional é feito com medicamentos baseados em Miconazol, um efeito ativo que costuma gerar efeitos colaterais adversos, segundo a bióloga. Os 30 pacientes que participaram dos testes usaram o gel à base de própolis durante 10 dias e o medicamento se mostrou altamente eficaz. Além de não apresentar efeitos colaterais O gel à base de própolis também tem o preço inferior ao medicamento convencinal.



Origem do própolis verde:

O alecrim do campo, quando atacado por insetos produz uma resina que serve de proteção a esse ataque. As abelhas retiram parte dessa resina, que em contato com uma cera, produzida na saliva da abelha resulta na própolis verde. A substância é usada pelas abelhas como material para vedação da entrada das colméias contra a entrada de luz e umidade. Outra aplicação é no cobrimento de insetos mortos que elas não conseguem retirar de dentro das colméias, assim, evitam a putrefação e omau cheiro. Registros antigos mostram que os Egípcios já usavam a própolis para embalsamar suas Múmias.



Mais uma vez, parabéns aos pesquisadores que dedicam suas vidas ao estudo de produtos que trazem tamanho benefício à nossa sociedade. É uma pena que não sejam tão bem remunerados para isso.
 
abs

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