quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Me dei conta ao ver o Blog hoje, de quanto tempo andei sem escrever nada nele. Foi a falta de tempo!


E por falar em tempo, como ele anda escasso hoje dia! Meus dias são consumidos nas horas em que fico aqui no consultório. Chego às oito e meia da manhã e saio às 8 da noite. Durante o dia, atendimentos de pacientes, saidinha para bancos, almoço,café, telefonemas. E quando sento em frente ao computador, me lembro da caixa de e-mails que preciso ver, afinal, em tempos de comunicação via web, o correio eletrônico virou item obrigatório. Tenho pacientes no interior do Estado que não fazem ligação interurbana, mandam e-mail marcando e confirmando consultas. Outros aqui da Capital, que trabalham o dia inteiro em frente aos PCs, mandam suas mensagens pela internet. E ainda há aqueles que se comunicam comigo via “torpedos” de celular.

E meu tempo vai se esvaindo assim...

Chego em casa e tenho ainda a tarefa de ser pai e marido. Atenção à família, animais de estimação e minhas plantas. Quando sobra, uso ainda um tempinho para estudar piano.

Ninguém tem tempo...

Impressionante, mas a minha constatação é essa. Os pacientes não tem mais paciência para um tratamento longo. De cara na primeira consulta, após o planejamento e acerto financeiro, me questionam em quanto tempo ficarão “livres de mim”. Outros preferem ficar na cadeira quatro horas seguidas e saírem resolvidos do que dividirem as consultas em duas. Acredito que tenha gente que se pudesse, deixava a boca no consultório e pegaria no fim da tarde ou no dia seguinte!

Existem momentos em que me vêem à cabeça imagens de uma “roça”, sem barulho nenhum, muitas árvores, animais, água e uma casinha bem simples, e, em sua porta um velhinho assentado à sombra, desfrutando o ócio, ou seja, aproveitando aquele momento à toa e com todo o tempo do mundo para apreciar aquela paisagem. Que inveja!

Imagine que delícia passar o tempo num lugar assim, sem internet,telefone celular,televisão...

Abs.

2 comentários:

  1. Passei por tudo isso, Mario durante minha vida profissional, mas sempre com a mente voltada para aquela casinha branca, simples no campo, sem luxo, apenas para curtir a natureza.Após 30 anos de profissão há dez anos atraz consegui realizar esse sonho. A casinha não é branca, mas já foi.É claro que agreguei algumas mas coisas mais confortáveis, mas o principal é ouvir o canto dos pássaros livres, ver os esquilos comendo as frutas e escutar o galo cantar.Não me arrependo de ter parado com apenas 40 anos de profissão, e porquê trabalhar praticamente até o fim da vida como procuram fazer alguns colegas. A receita é gostar das coisas simples e abrir mão do luxo excessivo. Afinal o que levamos para o outro plano?

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  2. Concordo Edélcio,também sou da opinião que nossa vida vale a pena quando agregamos à nossa existência coisas que nos façam felizes. E a felicidade ao meu ver hoje, se faz nos amigos verdadeiros que temos,na família que amamos e na ausência de necessidades.
    Abração!

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